SINJ-DF

PORTARIA Nº 02, DE 24 DE MARÇO DE 2020

Regulamenta, no âmbito da Secretaria de Estado de Juventude do Distrito Federal, o Decreto no 40.546, de 20 de março de 2020, que dispõe sobre o teletrabalho, em caráter excepcional e provisório, para os órgãos da administração pública direta, indireta, autárquica e fundacional do Distrito Federal, a partir de 23 de março de 2020, como medida necessária à continuidade do funcionamento da administração pública distrital, em virtude da atual situação de emergência em saúde pública e pandemia declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em decorrência do coronavírus (COVID-19).

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE JUVENTUDE DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições conferidas pelos incisos I e III do parágrafo único do artigo 105 da Lei Orgânica do Distrito Federal,

Considerando o Decreto Distrital n° 40.327, de 19 de dezembro de 2020, que transferiu para a Casa Civil do Distrito Federal as atividades de apoio operacional e administrativo da Secretaria de Estado da Juventude do Distrito Federal;

Considerando a Portaria n° 18, de 22 de março de 2020, emitida pela Casa Civil do Distrito Federal, que regulamenta, no âmbito da Casa Civil do Distrito Federal, o Decreto no 40.546, de 20 de março de 2020; e,

Considerando a Nota Técnica Conjunta 05/2020, de 18 de março de 2020, emitida pela Procuradoria Geral do Trabalho do Ministério Público do Trabalho – PGT/MPT e Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente – COORDINFÂNCIA, resolve:

Art. 1° Fica regulamentado, no âmbito da Secretaria de Estado de Juventude do Distrito Federal, o Decreto no 40.546, de 20 de março de 2020, que dispõe sobre o teletrabalho, em caráter excepcional e provisório, para os órgãos da administração pública direta, indireta, autárquica e fundacional do Distrito Federal, a partir de 23 de março de 2020, como medida necessária à continuidade do funcionamento da administração pública distrital, em virtude da atual situação de emergência em saúde pública e pandemia declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em decorrência do coronavírus (COVID-19).

Art. 2° Ficam submetidos ao regime de teletrabalho os servidores ocupantes de cargo efetivo e comissionado, empregados, colaboradores, jovens candangos, aprendizes e estagiários, que exercem atividades na Secretaria de Estado de Juventude do Distrito Federal.

§ 1° As atividades práticas desenvolvidas em regime de teletrabalho pelos participantes do PROGRAMA JOVEM CANDANGO serão monitoradas pelo supervisor imediato, por meio de relatórios a serem apresentados pelo jovem semanalmente, conforme orientação e modelo definidos pelo respectivo supervisor, nos moldes previstos pela regulação própria de cada local de lotação do jovem.

§ 2° As atividades teóricas dos participantes dos programas CENTROS DE JUVENTUDE DO DISTRITO FEDERAL e JOVEM CANDANGO deverão ser desenvolvidas na modalidade à distância enquanto permanecerem as limitações de combate a pandemia decorrente do coronavírus, nos moldes definidos pelas organizações parceiras gestoras dos referidos programas, sem prejuízo da carga horária inicialmente prevista.

Art. 3° A infraestrutura tecnológica e de comunicação adequada à execução das atividades fora das dependências das unidades administrativas fica à custa do servidor, sendo vedado qualquer tipo de ressarcimento.

Art. 4° A chefia imediata definirá as metas a serem alcançadas pelos servidores durante o período de vigência do Decreto n° 40.546, de 2020, que não poderão ser inferiores às metas do trabalho realizado de forma presencial.

§ 1° As atividades desenvolvidas em regime de teletrabalho serão monitoradas pela chefia imediata, por meio de relatórios a serem apresentados pelo servidor semanalmente, conforme orientação e modelo definidos pela respectiva chefia.

§ 2° O servidor deverá autuar processo SEI específico para acompanhamento de suas atividades, por intermédio da inserção de relatórios semanais.

§ 3° Compete à chefia imediata homologar a folha de frequência do servidor, fazendo constar no campo “observações” que trata-se de teletrabalho, nos termos do Decreto no 40.546, de 2020, e juntá-la ao processo SEI a que se refere o § 2° deste artigo.

§ 4° Além do monitoramento previsto no § 1° deste artigo, as atividades desenvolvidas sob o regime de teletrabalho poderão ter outras formas de monitoramento, como sistemas próprios, outros formulários e relatórios eletrônicos ou por mecanismo eletrônico de captura automática da produtividade diária.

Art. 5° As atividades desenvolvidas não gerarão, para qualquer efeito, contagem de horas excedentes de trabalho.

Art. 6° O servidor em regime de teletrabalho deverá permanecer acessível e disponível, devendo comparecer ao local de trabalho quando solicitado pela chefia imediata.

Art. 7° Cessada a causa autorizativa do teletrabalho prevista no Decreto no 40.546, de 2020, o servidor deverá retornar à sua unidade no primeiro dia útil subseqüente.

Art. 8° É dever do servidor sob regime de teletrabalho:

I - cumprir as tarefas que lhe forem designadas pela chefia imediata dentro dos prazos e requisitos estabelecidos, observados os padrões de qualidade;

II - juntar aos autos do processo SEI de acompanhamento o relatório semanal, constando o detalhamento das atividades desenvolvidas;

III - manter telefone de contato e aplicativo de troca de mensagens instantâneas atualizados e ativos, de forma a garantir a comunicação imediata com o órgão;

IV - manter-se conectado ao e-mail institucional e acessá-lo em todos os dias úteis, para garantir a efetiva comunicação com a equipe de trabalho;

V - preservar o sigilo dos dados acessados de forma remota, mediante observância às normas e orientações pertinentes, sob pena de responsabilidade, nos termos da legislação em vigor;

VI - desenvolver suas atividades no Distrito Federal ou nos Municípios da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE, se comprovadamente lá residir, e destes não se ausentar, em dias de expediente, sem autorização prévia formal da chefia imediata.

Parágrafo único. As atividades deverão ser cumpridas diretamente pelo servidor em regime de teletrabalho, sendo vedada a sua realização por terceiros.

Art. 9° É dever da chefia imediata:

I - planejar, coordenar e controlar a execução do teletrabalho em sua área de competência;

II - aferir e monitorar o desempenho dos servidores em teletrabalho;

III - fornecer, sempre que demandado, dados e informações sobre o andamento do teletrabalho na sua unidade organizacional.

Art. 10. Compete à Coordenação de Gestão de Pessoas da Subsecretaria de Administração Geral da Casa Civil lançar, para fins de registro nos assentamentos funcionais do servidor, o regime de teletrabalho, o período de duração deste, os resultados ou consequências, e o que mais lhe for concernente.

Art. 11. Cabe à Subsecretaria de Tecnologia da Informação da Casa Civil:

I - viabilizar, com o auxílio das respectivas áreas de tecnologia da informação do Governo do Distrito Federal, o acesso remoto dos servidores públicos em regime de teletrabalho:

a) ao Sistema Eletrônico de Informações - SEI;

b) aos respectivos sistemas de órgão ou entidade;

c) ao e-mail institucional.

II - divulgar os requisitos tecnológicos mínimos para realização do teletrabalho.

Art. 12. Excepcionalmente, quando necessário, a retirada de documentos e processos físicos depende de anuência prévia da chefia imediata ou do dirigente da unidade e deverá ser registrada com trâmite para a carga pessoal do servidor, mediante assinatura de termo de recebimento e responsabilidade, devendo ser devolvidos de forma íntegra.

§ 1° Não poderão ser retirados das dependências do órgão documentos que constituam provas de difícil reconstituição, na forma da lei.

§ 2° Sempre que possível, os processos ou documentos necessários à realização de atividades no regime de teletrabalho que tramitem em meio físico devem ser disponibilizados ao servidor em meio digital.

Art. 13. As atividades incompatíveis com o teletrabalho, e que não forem essenciais ao funcionamento dos serviços públicos ficam suspensas, dispensando-se o comparecimento presencial dos servidores aos locais de trabalho.

§ 1° Cabe à chefia imediata identificar as atividades incompatíveis com o teletrabalho que não são essenciais ao funcionamento da respectiva unidade.

§ 2° A chefia imediata irá homologar a folha de frequência do servidor que atua nas atividades descritas no parágrafo anterior, fazendo constar no campo “observações” as devidas justificativas.

Art. 14. Verificado o descumprimento das disposições do Decreto no 40.546, de 2020, e desta Portaria, a autoridade competente poderá promover a abertura de procedimento administrativo disciplinar para apuração de responsabilidade, respeitados a ampla defesa e o contraditório.

Art. 15. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LEOCADIO RODRIGUES BIJOS JUNIOR

Este texto não substitui o publicado no DODF nº 58, seção 1, 2 e 3 de 26/03/2020 p. 8, col. 1