TCDF

Presidente do TCDF fiscaliza uso de recursos públicos na obra do Autódromo

O presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Conselheiro Renato Rainha, compareceu ao Autódromo Internacional Nelson Piquet nesta quinta-feira, dia 12 de fevereiro de 2015, para verificar a situação da reforma iniciada no local, especialmente se os recursos públicos já aplicados não serão desperdiçados em razão da paralisação da obra.

Durante a visita às pistas, às arquibancadas e ao paddock (área que abrigava os boxes), o presidente afirmou que o TCDF tem uma grande preocupação em relação à obra e que a legalidade e a economicidade de tudo o que foi feito no local será analisada em processo específico. “Toda obra que é paralisada gera um prejuízo à sociedade porque o material e a mão-de-obra que foram empregados podem ser perdidos. E nós sabemos que os recursos públicos são escassos e têm que ser bem empregados”, ressaltou.

Também participaram da visita o governador do DF, Rodrigo Rollemberg; a secretária de Esporte e Lazer, Leila Barros; o presidente da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), Alexandre Navarro Garcia; e outros representantes do GDF. Segundo o governador, a Terracap está examinando a possibilidade de dotar recursos para a conclusão do autódromo. “O maior prejuízo é deixar uma obra como essa parada e o autódromo sem nenhum tipo de funcionamento”, afirmou Rollemberg.

Para as Federações de Motociclismo (FMDF) e de Automobilismo do DF (FADF), além da etapa Brasília da Fórmula Indy, que foi cancelada, Brasília corre o risco de perder outros eventos de grande importância e tradição como Stock Car, Fórmula Truck, Superbike Séries, Moto 1000 GP, Campeonato Brasileiro de Supermotos, entre outros. Ainda, segundo as entidades, o autódromo é utilizado por ciclistas profissionais e por órgãos oficiais – como as Polícias Militar e Federal, o SAMU e o Corpo de Bombeiros – para treinamentos e aprimoramento de técnicas.

Segundo o presidente da FMDF, Carlos Senise, as entidades de ciclistas e de esportes a motor necessitam, neste primeiro momento, que haja a conclusão do asfalto e das zebras, além da recolocação dos guard-rails e dos pneus de proteção. “O que necessitamos é muito pouco. Nós precisamos que seja concluída a parte de segurança da pista para que haja condições de desenvolver as competições que já estão programadas”, reforçou.

O que já foi feito no Autódromo Internacional Nelson Piquet*

• Demolição de 30 boxes, da área administrativa e das sedes das federações.
• Retirada de cerca de 50 mil pneus que já estariam velhos e ressecados e, portanto, sem condições de amortecer o impacto de batidas e fazer a adequada proteção dos competidores.
• Derrubada da torre de apoio à imprensa; da torre de direção de prova e cronometragem; e da tribuna de honra.
• Drenagem e áreas de escape.
• Cerca de 3,5km de asfalto (a pista toda tem 5.475m).

* Segundo dados da FMDF

**Foto: Agência Brasília
 

Sair da versão mobile