28/10/2009
GOVERNO OFERECE INCORPORAÇÃO GRADATIVA DE GRATIFICAÇÃO A SERVIDORES DA SAÚDE
Em reunião na tarde desta terça-feira (27/10), o secretário de Saúde, Augusto Carvalho, o secretário de Planejamento e Gestão do Distrito Federal, Ricardo Pena, e o comando de greve do Sindicato dos Servidores da Saúde (SindSaúde) iniciaram as negociações em torno da paralisação da categoria. Os servidores pedem um reajuste salarial equiparado ao concedido à classe médica, que conseguiu incorporar ao salário 50% da Gratificação de Atividades Médicas (GAM), resultando em um aumento aproximado de 25% nos ganhos.
Durante o encontro, o governo ofereceu a incorporação de forma gradativa da Gratificação de Atividade Técnica Administrativa (GATA) aos salários dos servidores. "Ainda precisamos estudar como será feito o escalonamento", adiantou Augusto Carvalho. Os grevistas devem se reunir em assembleia, a partir das 10h desta quarta-feira (28/10), em frente à sede do GDF em Taguatinga, para decidir se continuam com a paralisação.
Segundo o secretário-geral do SindSaúde, Elias Lopes, o valor total da gratificação representa 235% do vencimento básico da categoria. Elias se mostrou otimista com o resultado da negociação com o governo.
"Em seis anos, a inconcorporação proposta significaria um aumento real de cerca de 55% sobre o salário atual dos servidores. Pelo comando, a greve já estaria encerrada", comemora Lopes.
Greve
Iniciada desde a 0h desta terça-feira, a paralisação dos servidores da saúde estava prometida em assembleia desde a última quinta-feira (22/10). De acordo com a assessoria de comunicação do Sindicato dos Servidores da Saúde (SindSaúde), cerca de 18 mil servidores aderiram à greve. Entre as 104 categorias, estão laboratoristas, radiologistas, técnicos administrativos, técnicos em enfermagem e lavanderia, entre outros.
O presidente do SindSaúde, Agamenon Torres, diz que a categoria se sente discriminada. "O médico não trabalha sozinho e nós exigimos tratamento igual. Estamos dispostos a ir até as últimas consequências para fazer valer o nosso direito", afirma. O sindicato garante que o atendimento de emergência será mantido. Somente ambulatórios e centros de saúde ficarão paralisados. Os técnicos atenderão os pacientes internados nas unidades de saúde e auxiliarão nas cirurgias.
Correio Braziliense