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SUSPEITA DE VENDA DE GABARITO LEVA PM A SUSPENDER CONCURSO
29/03/2010
    

SOBRE GRUPOS DE TRABALHO E O TCU
 
29/03/2010
    

SUSPEITA DE VENDA DE GABARITO LEVA PM A SUSPENDER CONCURSO

O drama dos candidatos a soldado da Polícia Militar do Distrito Federal ainda não acabou. O conselheiro do Tribunal de Contas do DF, Renato Rainha, determinou a paralisação do concurso na noite de sexta-feira alegando suspeitas de venda do gabarito da prova psicotécnica. O departamento de pessoal da PM acatou a decisão e investiga o caso.

A denúncia partiu de uma reportagem veiculada no Jornal da Band de 19 de março, cinco dias depois da aplicação da prova psicológica. Segundo a matéria, um candidato anônimo de 24 anos diz ter comprado os gabaritos das quatro avaliações (raciocínio verbal, teste do relógio, raciocínio espacial e teste de placas), no local de prova, por R$ 20 cada. O denunciante garantiu que, por ter as respostas, conseguiu resolver as questões "em cerca de 10 minutos".

"Apesar do Cespe ser o responsável por todo o processo seletivo, temos interesse em receber os 1,5 mil aprovados o quanto antes e, por isso, estamos ajudando na investigação", explica o subdiretor do departamento de pessoal da PMDF, coronel Joociel de Melo Freire. Apesar de acatar a determinação do conselheiro, a corporação questiona o conteúdo da denúncia. "Desde já consideramos as denúncias improcedentes. É impossível fazer o teste psicotécnico em 10 minutos como o denunciante diz", acrescenta. Esse tipo de avaliação tem resultados considerados subjetivos e individuais. O propósito é avaliar a personalidade do pretendente e a adequação ao perfil desejado para exercer o cargo.

Os candidatos que ainda estão na disputa vão, na manhã de hoje, protocolar um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do DF a fim de garantir a continuidade da seleção. "Fizemos um abaixo-assinado e vamos entrar com um mandado de segurança", afirma Enéas Filho, candidato a soldado. "Não há por que se basear em denúncias anônimas e, sem investigar, parar o concurso", completa. O conselheiro Renato Rainha não foi encontrado para comentar o conteúdo do ofício.

Essa é a terceira paralisação do concurso. No ano passado, a polêmica girou em torno da exigência de nível superior para o cargo. Cerca de três mil fizeram a avaliação psicológica e aguardam o resultado que não será mais divulgado em 31 de março, como estava previsto. Depois dessa etapa faltará só a avaliação de títulos para a nomeação e o início do curso de formação. O concurso oferece 750 vagas mas 1.500 devem ser convocados. Durante o curso, os alunos receberão R$ 3.072,51 e, quando formados, passam a ter salário de R$ 4.056,59.

MEMÓRIA

2009

14 de janeiro - Publicado o Decreto nº 29.946 que altera a exigência de nível médio para superior na formação de soldados da PMDF.

26 de janeiro - Início das inscrições para o concurso de soldados. As 750 vagas oferecidas atraem cerca de 12 mil candidatos.

6 de abril - Impasse sobre a exigência de nível superior provoca suspensão da prova objetiva, marcada para 19 de abril.

6 de maio - Liminar judicial garante a continuidade do concurso e a prova objetiva é marcada para 13 de junho.

6 de agosto - Tribunal de Contas do DF determina a suspensão da seleção por tempo indeterminado por considerar ilegal as imposições do edital.

6 de novembro - Publicada a Lei Federal nº 12.086 que exige nível superior para soldados da PMDF, acabando com a ilegalidade da cobrança no concurso.

27 de novembro - Processo seletivo é retomado e é divulgado resultado da prova discursiva. São convocados candidatos aptos ao teste de aptidão física (TAF).

2010

21 de janeiro - Convocados os candidatos aprovados no TAF para exames médicos.

14 de março - Aplicada prova psicotécnica para aprovados no exame médico.

26 de março - Conselheiro do TCDF Renato Rainha envia um ofício ao Comando da Polícia Militar suspendendo o concurso.
Correio Braziliense
29/03/2010
    

SOBRE GRUPOS DE TRABALHO E O TCU

A decisão dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) de deixar para depois a análise do mérito no caso dos servidores que ganham acima do teto do funcionalismo é emblemática. Só para refrescar a memória de quem não acompanhou o assunto ao longo da semana: na quarta-feira o plenário se reuniu e chegou à conclusão de que o governo precisa criar um supercadastro de vencimento dos três Poderes, e o Congresso Nacional tem de regulamentar outras normas para organizar o corte dos vencimentos que se encontram acima do permitido pela Constituição.

O teto do funcionalismo é de R$ 26.723,13 - subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O próprio TCU tem funcionários ganhando acima disso. Muita gente acha que o TCU acabou constrangido em virar-se contra o público interno. Vai entender...

O Executivo é o Poder mais transparente de todos, pois divulga anualmente a lista completa de seus supersalários. Legislativo e Judiciário estão (muito) atrasados. Há um claro desinteresse em alinhar as coisas.

Mas voltando...

Os ministros do TCU recomendaram na sessão de quarta-feira que dentro de 60 dias o governo forme um grupo de trabalho para implantar o tal sistema integrado de dados. Questões cruciais ficaram de fora. Uma pena. Melhor teria sido colocar logo o dedo nessa ferida.
Blog do Servidor