Uso da tecnologia na Gestão de Informação e Conhecimento é tema da abertura do VII Bibliocontas

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Compartilhar as melhores práticas e experiências em gestão do conhecimento no âmbito do controle externo. Esse é o objetivo do VII Fórum Nacional de Bibliotecários e Arquivistas dos Tribunais de Contas (Bibliocontas), que começou nesta terça-feira, 27 de setembro, e prossegue até o dia 29 no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). O evento reúne mais de 140 participantes, entre servidores de 22 Tribunais de Contas do Brasil e representantes de Timor Leste, Guiné Bissau, Peru e Argentina.

O VII Bibliocontas tem como tema principal os “Sistemas de Gestão da Informação: modelos e aplicações”. Na abertura do fórum, o vice-presidente do TCDF, Conselheiro Paiva Martins, deu as boas-vindas aos participantes reforçando a importância da gestão do conhecimento e da informação para a humanidade. O Conselheiro relembrou a história da Biblioteca de Alexandria, que, durante sete séculos, abrigou o maior patrimônio cultural e científico de toda a Antiguidade, transmitindo uma herança cultural incalculável.

Arquivista por formação acadêmica, o Conselheiro Paulo Tadeu também fez questão de exaltar a importância da produção documental, da guarda, da preservação e do acesso da população às informações de interesse público. “Hoje em dia, a produção de informações é gigantesca, e cabe aos profissionais de gestão da informação e do conhecimento ser a ponte entre quem produz e quem acessa essas informações”, disse.

Tecnologia – A implantação do sistema de processo eletrônico no TCDF foi o temada palestra do secretário geral de Controle Externo da Corte, Luiz Genédio Mendes Jorge. Ele relembrou que a influência do meio eletrônico na Administração Pública brasileira é relativamente recente, já que há apenas dez anos o Brasil aprovou uma lei determinando a informatização dos processos judiciais.

No TCDF, o sistema de processo eletrônico começou a ser discutido em 2011 e foi implantado um ano depois. “Quisemos fazer aos poucos, não só porque os recursos financeiros eram limitados, mas porque essa mudança tinha de ser absorvida gradualmente pelos servidores”, explicou. Nos últimos quatro anos, o e-TCDF tem passado por aprimoramentos. Em 2015 ele incorporou o acompanhamento de decisões do Tribunal e, neste ano, está implantando o peticionamento e as contas eletrônicas.

Para Genédio, o compartilhamento do e-TCDF com outras instituições, como o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN), com o DFTrans e com o Tribunal Administrativo de Moçambique mostram que o sistema tem sido bem-sucedido. “O e-TCDF foi tema de muitos debates acalorados no Tribunal, e ainda há muitos aprimoramentos e metas que desejamos alcançar, mas ele já trouxe inúmeras vantagens para o nosso trabalho”, afirmou.