TCDF promove roda de conversa com mulheres inspiradoras nesta terça, 22 de março

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Em comemoração ao mês das mulheres, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) promove nesta terça-feira, dia 22 de março, às 15h, a roda de conversa “Mulheres que inspiram o DF”. O evento, organizado pela Escola de Contas do TCDF, é aberto ao público em geral e será transmitido ao vivo pelo canal do Tribunal no YouTube.

As cinco convidadas são pessoas que, por meio de suas trajetórias pessoais e profissionais, contribuem para transformações relevantes em benefício das mulheres e estimulam reflexões e ações para um mundo com menos desigualdade e preconceito. Seja na comunidade da periferia, na ciência, na escola pública, na universidade ou no campo, elas abriram espaços para discussões sobre gênero, gerando visibilidade e oportunidade de mudança para outras mulheres.

Dyarley Viana, assessora técnica no Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), vai contar sobre a sua história de mulher negra da periferia, ex-catadora de materiais recicláveis, que concluiu os estudos de nível superior com o auxílio do Programa Universidade para Todos (ProUni), e sobre como o diploma lhe deu possibilidade de ser agente de mudança na sua comunidade. Por meio do Coletivo da Cidade, Dyarley desenvolve projetos de educação com crianças da Estrutural e apoia mulheres que sofrem com a violência doméstica.

Fernanda Werneck, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), estuda os efeitos de mudanças climáticas sobre a biodiversidade e recebeu dois prêmios internacionais de grande relevância para mulheres cientistas. Ao mesmo tempo em que ergue a voz contra ações humanas que prejudicam criminosamente o meio ambiente, ela atua também como uma estudiosa e militante da causa das mulheres na ciência, como integrante do projeto de pesquisa e de extensão “Parent in Science: compreendendo o impacto da m(p)aternidade na carreira acadêmica/científica no Brasil”.

A professora Gina Vieira pôde observar, ao longo de sua vida, como a mentalidade machista, o racismo e outros preconceitos se instalam desde cedo entre meninos e meninas e são reproduzidos no ambiente escolar. Da necessidade de entender melhor o mundo dos jovens e de, como professora, intervir para transformar a visão de mundo deles, nasceu o “Projeto Mulheres Inspiradoras”, que ela criou em 2014, no Centro de Ensino Fundamental nº 12 de Ceilândia, e com o qual conquistou 15 prêmios, inclusive internacionais. É essa experiência, que virou um projeto para 50 escolas da rede pública do DF, que ela vai apresentar na roda de conversa.

Mestre e Doutora em Sociologia, a professora Nair Bicalho, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania e do Núcleo de Estudos para Paz e Direitos Humanos, na Universidade de Brasília (UnB), vai falar sobre a importância do projeto das Promotoras Legais Populares do DF e Entorno. Criado em 2005, ele é voltado para mulheres com diferentes perfis econômicos, sociais e culturais, e promove a formação das mulheres em noções de direito, gênero e cidadania a partir do método da educação popular, com apoio da UnB, da Fundação Oswaldo Cruz e do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

Sandra Vitoriano, coordenadora do grupo Mulher no Agro, ligado à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) traz a reflexão sobre os desafios do meio rural para as mulheres e como elas têm conquistado espaço como produtoras. Nascida e criada em meio urbano, Sandra teve de ir morar no campo por uma circunstância da vida. De “madame”, passou a produtora, atividade que já exerce há duas décadas, e, à medida que vencia os desafios que se impunham, angariava o apoio e a participação das mulheres vizinhas na produção. Tornou-se, mais do que um exemplo, uma desbravadora de caminhos e apoiadora para outras na busca por uma renda melhor no campo.

Mulheres que inspiram o DF