Evento sobre segurança pública reúne especialistas e órgãos de controle para discutir políticas de combate ao crime, proteção de crianças e adolescentes e fortalecimento da participação social
Especialistas, gestores e representantes de órgãos de controle se reuniram no (TCDF) para discutir estratégias de fortalecimento da segurança pública. Na tarde dessa segunda-feira (20/10), a Maratona Temática promovida pela Escola de Contas do TCDF (Escon/TCDF) abordou temas como o combate ao crime organizado, a integração das políticas públicas, a proteção de crianças e adolescentes e o papel da sociedade civil.
O evento reuniu representantes de Tribunais de Contas, Ministérios Públicos e Controladorias de todo o país para falar de assuntos que vão desde a gestão estratégica da segurança pública até os desafios da cidadania e da justiça, passando pelo enfrentamento da corrupção, do assédio nas forças policiais e da violência social.
Integração como chave para o fortalecimento do Estado – O primeiro debate da tarde, “Gestão Estratégica de Segurança Pública no DF”, foi mediado pelo auditor de controle externo do TCDF Hamilton Lopes Neto, e teve como palestrante o especialista em ciências criminais e subsecretário da Secretaria de Segurança Pública do DF, George Couto. “A aproximação entre os órgãos públicos é essencial para que o Estado e instituições como os Tribunais de Contas desempenhem adequadamente suas funções. A segurança pública é uma área transversal, que dialoga com diversas outras políticas públicas”, destacou George.
Enfrentamento do crime organizado começa antes da repressão – Em seguida, o delegado da Polícia Civil do DF e mestre em ciências policiais Waldek Fachinelli Cavalcante falou sobre “Combate ao Crime Organizado”, no painel mediado pelo auditor de controle externo do TCDF, Indio Artiaga. “Ainda há a ideia de que o combate ao crime é responsabilidade exclusiva da polícia, mas, quando ela entra em ação, é porque o problema já se agravou. O controle do crime começa muito antes, com políticas públicas, leis bem formuladas e o enfrentamento das desigualdades sociais”, ressaltou Waldek.
Proteção da infância exige planejamento e integração – O terceiro painel, “Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes”, coordenado pelo auditor de controle externo do TCDF David Araújo, foi apresentado pelo diretor executivo da Coalizão, Lucas Lopes. “Muitos planos voltados à proteção da infância não estão ancorados na camada legal do orçamento e chegam aos municípios sem integração. É preciso fortalecer o controle externo para garantir a efetividade dessas políticas”, defendeu Lucas.
Sociedade civil e órgãos de controle lado a lado – Encerrando o primeiro dia de debates, a diretora executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, conduziu o painel “O Papel da Sociedade Civil nas Políticas de Segurança Pública”, sob coordenação do auditor de controle externo do TCDF Leonardo Brito. “Os Tribunais de Contas têm ganhado destaque nesse campo, especialmente após auditorias que expuseram fragilidades no sistema de controle de armas do país. Essas instituições, muitas vezes vistas como incômodas, são essenciais para assegurar a efetividade das políticas e a qualidade do serviço público”, afirmou Carolina.
Os debates mostraram que o fortalecimento da segurança pública exige ações conjuntas entre Estado, órgãos de controle e sociedade civil. A Maratona Temática de Segurança Pública prossegue nesta terça-feira (21/10), com novos painéis voltados ao aprimoramento das políticas públicas do setor.
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