Auditor do TCDF inicia novo ciclo de fiscalização na ONU 

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O auditor de controle externo do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) Carlos Alberto Cascão deu início ao novo ciclo de auditoria das demonstrações financeiras do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) referente ao exercício de 2025. Desde o ano passado, ele participa dos trabalhos de análise das demonstrações financeiras da entidade e de avaliação da eficácia de seus controles internos. 

Cascão integrou a equipe que concluiu a auditoria das demonstrações financeiras de 2024. Na atual etapa, sua atuação envolve a avaliação dos controles internos e a realização de testes para verificar sua eficácia na prevenção de erros ou distorções relevantes nas demonstrações. “Minhas funções envolvem principalmente a auditoria dos ciclos de contribuições voluntárias, que representam mais de 80% dos recursos da UNODC, e das receitas com contraprestação. Entre as atividades, realizo a avaliação de riscos, o planejamento de procedimentos de auditoria, a coleta de evidências, a elaboração de achados e o acompanhamento das recomendações anteriores”, explicou. 

O intercâmbio reforça a transparência e a governança nas operações da ONU, ao mesmo tempo em que contribui para o intercâmbio de boas práticas e o fortalecimento do controle externo brasileiro. 

Cascão foi selecionado por meio de um processo conduzido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que abriu oito vagas para auditores de tribunais de contas de todo o país participarem das auditorias do sistema ONU. A seleção exigiu experiência comprovada em auditoria financeira e proficiência mínima em inglês nível B2. No âmbito do TCDF, houve uma etapa interna e seu nome foi indicado. 

Após o primeiro ciclo de auditoria, Cascão foi convidado a permanecer por mais um período, com possibilidade de renovação até 2030, caso haja concordância entre o TCU, o auditor e o Tribunal de Contas do DF. 

Para o serviço público, a atuação do auditor representa um intercâmbio de conhecimento e boas práticas, além de aplicar o papel institucional do TCDF no cenário global. “Essa vivência amplia nossa visão técnica e humana e reforça o compromisso do serviço público com a transparência, a governança e a eficiência”, completou. 

O Brasil integra o United Nations Board of Auditors (BoA), órgão formado por Brasil, China e França, responsável por emitir opiniões independentes sobre as demonstrações financeiras das entidades do sistema ONU. O mandato brasileiro vai de 2024 a 2030, sob a presidência do Tribunal de Contas da União.